Menina Limpa, Menina Suja, Ana Vidigal
Ana Vidigal é um nome que representa uma geração de artistas vanguardistas, inovadores e, sobretudo, criativos. A criatividade está presente em todos os seus trabalhos, que apelam ao nosso subconsciente, onde guardamos uma amálgama de ideias, que muitas vezes tememos expor à luz do dia.
A inovação serve de pano de fundo. O emaranhado de objectos coleccionáveis compõem a textura e as pinceladas dão alma a cada trabalho realizado pelas mãos de Ana Vidigal.
Sendo ela uma feminista, o apelo e o culto pelo que é feminino está presente em toda a sua obra. A irreverência torna-se quase despudor. Aqui não há lugar ao sério e sóbrio mundo masculino.
No Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (Fundação Calouste Gulbenkian), até dia 26 de Setembro de 2010, é possível viver (em detrimento de ver) três décadas de trabalho de Ana Vidigal.
Destaco três peças fundamentais: "Véu da Noiva", construído a partir do vestido de noiva da mãe de Ana Vidigal; "Penélope", uma colcha de cama decorada com as cartas trocadas entre os pais durante a guerra colonial; e "Void", uma recriação do quarto de infância da artista, estabelecendo um paralelo com o quarto do pai na Guiné.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário